Os arquivos dos trechos da Estrada Real de Ouro Preto a Parati, nos formatos GPX e KMZ podem ser baixados pelo seguinte link.
https://www.dropbox.com/sh/ncexyiv41ghqtl2/AACc6KhLdnk0LP-1sSNLUdFTa?dl=0
Estrada Real 2014 - Ouro Preto a Parati
Programa de índio de dois tiozinhos pedalantes de Ouro Preto a Parati entre 16 e 26 de Abril de 2014, seguindo o roteiro do Caminho Velho da Estrada Real
05/05/2015
28/04/2014
Resumo Técnico
Alem da pedalada, da convivência com o Enrico, o Lalo e o Macedão, além das várias "figuras" que conhecemos ao longo desta viagem, e do prazer de curtir paisagens maravilhosas, uma parte que também enriquece numa viagem destas é o aprendizado dos muitos detalhes logísticos e técnicos.
Quando o Enrico sugeriu a idéia desta viagem para a nossa turma de "tiozinhos pedalantes" durante um dos nossos eventos em Campos, lá pelo meio do ano passado, eu logo disse que "tô dentro". Na época lembro que mais uns 5 ou 6 se mostraram interessados.
Lembro que na primeira oportunidade dei uma Googlada na Estrada Real, e encontrei o site "http://www.estradareal.tur.br/" que se tornou nossa referência principal para o planejamento da viagem.
Também achamos diversos testemunhos de outros bikers que fizeram a rota toda ou partes e que compartilharm suas experiências.
Em conjunto com o Enrico, começamos a elaborar nossa planilha mestre, para inicialmente agrupar os 27 trechos apresentados no site da Estrada Real, em dias, para determinar quantos dias deveríamos reservar. Ponderamos a kilometragem, a altimetria, o grau de esforço físico e dificuldade de cada trecho e a disponibilidade de pousadas nas cidades. Neste processo avaliamos a viabilidade de fazer o caminho todo de Ouro Preto a Parati em 9, 10 ou 11 dias. Depois de muita discussão, cálculos e estimativas, optamos por fechar o plano com 11 dias com a previsão de fazermos uma média próxima a 60km/dia.
Também definimos um plano de treinos, combinando pedaladas em S.Paulo e pedaladas mais fortes na região de Campos do Jordão, para nossa preparação.
Inicialmente para estudar em detalhe a altimetria de cada trecho, que é uma informação precária no site da Estrada Real, traçamos os trechos no Google Earth, usando os arquivos ".gtm" disponíveis no site, com a posição de todos marcos, ou totens, que demarcam a rota. Este trabalho nos rendeu um recurso valioso para nos orientar na viagem, pois imprimimos imagens de todos trechos críticos, nos quais identificamos "riscos" para erros de navegação. Estes mapas impressos, que deram um belo trabalho ao Enrico, foram muito uteis durante a viagem em combinação com os roteiros planilhados também disponibilizados pelo site da Estrada Real.
Fizemos uma re-edição dos roteiros planilhados para que pudessem ser facilmente lidos dentro das pastas "ziplock" que levamos presas sobre o guidão das bikes. (quem estiver interessado no arquivo "pdf", enviar solicitação por comentário)
Durante a pedalada o Enrico ficou com os mapas do Google Earth e eu com as planilhas e várias vezes tivemos que confrontar as duas referências para definir o caminho. Funcionou muito bem.
Os marcos ou totens facilitam tremendamente a navegação. Contudo é arriscado não ter as planilhas para consulta. Nas planilhas são citados pontos em que os totens não existem (poucos), e pontos em que os totens estão "do lado errado". Alem disto as planilhas também são muito uteis para nos alertar em caso de seguirmos na direção errada. Como a planilha indica a distância entre cada totem é possível acompanhar a kilometragem pelo odômetro da bike e conferir com os totens que voce encontra. Por quatro vezes durante a viagem, erramos o caminho por não acharmos algum totem. Em cada uma destas "perdidas" identificamos o erro rapidamente quando não achamos o totem seguinte.
Os mapas do Google Earth também foram muito uteis nas entradas e saídas das cidades, que são partes nas quais os roteiros planilhados são "fraquinhos".
A ajuda das pessoas "locais" sempre é útil, mas recomendamos cuidado pois muitos não conhecem a Estrada Real, ou não sabem que ela raramente segue o caminho "usual" entre as cidades. Em uma oportunidade uma moradora afirmou que só existe uma estrada para a próxima cidade. Fomos "secos" nesta indicação para descobrir, pela falta dos totens, que a estrada indicada NÃO era a única. Resultado 2,5 km pedalados na direção errada.
Outro alerta é sobre as "trilhas fáceis". Os roteiros planilhados indicam trechos de trilhas, fora de estrada, e os classificam como fáceis ou médios. Percorremos vários "fáceis" que se mostraram inviáveis para o pedal, e acabamos nas chamadas operações "empurra-bike". Alguns destes trechos foram extremamente cansativos, mesmo para quem, como nos, estava viajando sem bagagem. Tivemos que abandonar dois destes trechos; o primeiro, a trilha do Cafariz, entre Ouro Preto e S.Bartolomeu, totalmente inviável para bikes; e outro na chegada a Lagoa Dourada, onde a "trilha fácil" passa por um charco "com lama até a cintura", segundo um biker que encontramos treinando na região.
Com a disponibilidade de um carro de apoio, mesmo que nem sempre ele pudesse seguir o mesmo caminho que percorremos, pudemos pedalar sem alforjes, levando somente água nas caramanholas e nos camelbacks e com o kit alimentação e o kit de primeiros socorros e o kit ferramentas e câmeras de reserva.
Para alimentação durante a pedalada combinamos os saches de gel CarbUp, barras de proteína VO2 e um mix de nozes e uvas passas. Pessoalmente procurei dosar o uso destes trés recursos da seguinte forma:
- CarbUp a cada 90min
- Barra VO2, uma no ultimo terço da pedalada diária ou no fim dela, dependendo da fadiga muscular
- Nozes no final do primeiro e do segundo terço de cada trecho diário.
Acredito que não errei muito, pois mesmo após os dias mais pesados com 80km e 1300m de subidas acumuladas, não tive que recorrer a nenhum medicamento relaxante muscular ou anti-inflamatório. Alias, não tomei nenhum medicamento durante toda viagem.
Um destaque que tenho que fazer é sobre a eficiência do Bepantol Baby, aplicado todo dia antes da saida e a noite depois do banho. Uso um selim Scott Syncros, classificado com "duro" pelos meus colegas. Mesmo com ele, com ajuda do Bepantol não tive nenhuma assadura ou incômodo nas "partes baixas" durante os 11 dias desta viagem.
Quando o Enrico sugeriu a idéia desta viagem para a nossa turma de "tiozinhos pedalantes" durante um dos nossos eventos em Campos, lá pelo meio do ano passado, eu logo disse que "tô dentro". Na época lembro que mais uns 5 ou 6 se mostraram interessados.
Lembro que na primeira oportunidade dei uma Googlada na Estrada Real, e encontrei o site "http://www.estradareal.tur.br/" que se tornou nossa referência principal para o planejamento da viagem.
Também achamos diversos testemunhos de outros bikers que fizeram a rota toda ou partes e que compartilharm suas experiências.
Em conjunto com o Enrico, começamos a elaborar nossa planilha mestre, para inicialmente agrupar os 27 trechos apresentados no site da Estrada Real, em dias, para determinar quantos dias deveríamos reservar. Ponderamos a kilometragem, a altimetria, o grau de esforço físico e dificuldade de cada trecho e a disponibilidade de pousadas nas cidades. Neste processo avaliamos a viabilidade de fazer o caminho todo de Ouro Preto a Parati em 9, 10 ou 11 dias. Depois de muita discussão, cálculos e estimativas, optamos por fechar o plano com 11 dias com a previsão de fazermos uma média próxima a 60km/dia.
Também definimos um plano de treinos, combinando pedaladas em S.Paulo e pedaladas mais fortes na região de Campos do Jordão, para nossa preparação.
Inicialmente para estudar em detalhe a altimetria de cada trecho, que é uma informação precária no site da Estrada Real, traçamos os trechos no Google Earth, usando os arquivos ".gtm" disponíveis no site, com a posição de todos marcos, ou totens, que demarcam a rota. Este trabalho nos rendeu um recurso valioso para nos orientar na viagem, pois imprimimos imagens de todos trechos críticos, nos quais identificamos "riscos" para erros de navegação. Estes mapas impressos, que deram um belo trabalho ao Enrico, foram muito uteis durante a viagem em combinação com os roteiros planilhados também disponibilizados pelo site da Estrada Real.
Fizemos uma re-edição dos roteiros planilhados para que pudessem ser facilmente lidos dentro das pastas "ziplock" que levamos presas sobre o guidão das bikes. (quem estiver interessado no arquivo "pdf", enviar solicitação por comentário)
Durante a pedalada o Enrico ficou com os mapas do Google Earth e eu com as planilhas e várias vezes tivemos que confrontar as duas referências para definir o caminho. Funcionou muito bem.
Os marcos ou totens facilitam tremendamente a navegação. Contudo é arriscado não ter as planilhas para consulta. Nas planilhas são citados pontos em que os totens não existem (poucos), e pontos em que os totens estão "do lado errado". Alem disto as planilhas também são muito uteis para nos alertar em caso de seguirmos na direção errada. Como a planilha indica a distância entre cada totem é possível acompanhar a kilometragem pelo odômetro da bike e conferir com os totens que voce encontra. Por quatro vezes durante a viagem, erramos o caminho por não acharmos algum totem. Em cada uma destas "perdidas" identificamos o erro rapidamente quando não achamos o totem seguinte.
Os mapas do Google Earth também foram muito uteis nas entradas e saídas das cidades, que são partes nas quais os roteiros planilhados são "fraquinhos".
A ajuda das pessoas "locais" sempre é útil, mas recomendamos cuidado pois muitos não conhecem a Estrada Real, ou não sabem que ela raramente segue o caminho "usual" entre as cidades. Em uma oportunidade uma moradora afirmou que só existe uma estrada para a próxima cidade. Fomos "secos" nesta indicação para descobrir, pela falta dos totens, que a estrada indicada NÃO era a única. Resultado 2,5 km pedalados na direção errada.
Outro alerta é sobre as "trilhas fáceis". Os roteiros planilhados indicam trechos de trilhas, fora de estrada, e os classificam como fáceis ou médios. Percorremos vários "fáceis" que se mostraram inviáveis para o pedal, e acabamos nas chamadas operações "empurra-bike". Alguns destes trechos foram extremamente cansativos, mesmo para quem, como nos, estava viajando sem bagagem. Tivemos que abandonar dois destes trechos; o primeiro, a trilha do Cafariz, entre Ouro Preto e S.Bartolomeu, totalmente inviável para bikes; e outro na chegada a Lagoa Dourada, onde a "trilha fácil" passa por um charco "com lama até a cintura", segundo um biker que encontramos treinando na região.
Com a disponibilidade de um carro de apoio, mesmo que nem sempre ele pudesse seguir o mesmo caminho que percorremos, pudemos pedalar sem alforjes, levando somente água nas caramanholas e nos camelbacks e com o kit alimentação e o kit de primeiros socorros e o kit ferramentas e câmeras de reserva.
Para alimentação durante a pedalada combinamos os saches de gel CarbUp, barras de proteína VO2 e um mix de nozes e uvas passas. Pessoalmente procurei dosar o uso destes trés recursos da seguinte forma:
- CarbUp a cada 90min
- Barra VO2, uma no ultimo terço da pedalada diária ou no fim dela, dependendo da fadiga muscular
- Nozes no final do primeiro e do segundo terço de cada trecho diário.
Acredito que não errei muito, pois mesmo após os dias mais pesados com 80km e 1300m de subidas acumuladas, não tive que recorrer a nenhum medicamento relaxante muscular ou anti-inflamatório. Alias, não tomei nenhum medicamento durante toda viagem.
Um destaque que tenho que fazer é sobre a eficiência do Bepantol Baby, aplicado todo dia antes da saida e a noite depois do banho. Uso um selim Scott Syncros, classificado com "duro" pelos meus colegas. Mesmo com ele, com ajuda do Bepantol não tive nenhuma assadura ou incômodo nas "partes baixas" durante os 11 dias desta viagem.
Voltando a comentar sobre a alimentação, tomamos alguns cuidados durante a viagem:
- comer bem, mas leve, no café da manhã
- não almoçar
- jantar para repor carboidratos e proteínas (massas e carnes), sempre com bastante salada.
- beber muita água; entre 4 e 6l durante as pedaladas e sucos no café da manhã e no jantar. Pessoalmente eliminei refrigerantes a cerca de 4 anos e só uma noite tomamos um vinho. Cerveja, só para a comemoração em Parati.
Para colocar o plano de viagem em prática tivemos a valiosa e generosa colaboração da D.Nicia e da Denise, que cuidaram da pesquisa de posusadas e fizeram as reservas, superando as limitações de disponibilidade, pelo tamanho das cidades e pela coincidência das datas com os feriados da páscoa e Tiradentes. Contar com um "pouso" certo ao final de cada dia "não tem preço". Mais uma vez agradeçemos!
No departamento da mecânica, alem de uma bike de reserva, levamos muitas peças de reserva alem de câmeras, pneus e reparos. Felizmente, em função da boa manutenção preventiva e qualidade das bikes (Scott Scale 920, Kona Kahuna) não tivemos problemas mecânicos exceto a quebra do tubo do selim do quadro da Kahuna. Esta quebra, por fadiga do alumínio deve ter ocorrido pela combinação do meu tamanho (1,85) peso (94kg) e cerca de 1700 km pedalados, grande parte em condições de trilhas pesadas, com muita ondulação e trepidação. Eu uso o canote do selim original da Kona com a altura na marca de 1,5cm do limite de "insertion". Vou buscar um canote mais rígido e longo para evitar a recorrência desta fadiga.
Décimo Primeiro Dia - Cunha até Parati
Neste ultimo dia da nossa viagem, acordamos com um dia muito
bonito mas ainda com o frio da madrugada.
Mesmo considerando
que para o Enrico esta seria a sua sétima Cunha-Parati, para o Lalo a sexta e
para mim a terceira, esta edição reservava algumas novidades além de concluir
nossa Estrada Real. Ao contrário das pedaladas anteriores, desta vez a subida
da serra não seria pelo asfalto e a descida já seria pela nova pavimentação que
está em obra. Este caminho é aproximadamente 10km mais longo do que o caminho
que seguimos anteriormente.
Saímos por volta das
9:10 e cruzamos a cidade de Cunha, pelos "fundos" para seguir em
direção ao Vale das Cachoeiras, seguindo os marcos da Estrada Real.
Logo de inicio, a
paisagem rural é muito bonita, com muita mata. pastos bem cuidados e, pasmem,
praticamente nenhum lixo jogado pelos cantos.
O caminho de pela
estrada de terra, além de mais longo, é mais acidentado mas muito mais gostoso
de pedalar. A grande maioria das subidas é "pedalável". Só tivemos
operação empurra bike em pequenos trechos.
Revisei as fotos dos
dias anteriores com as feitas neste dia para confirmar minha percepção de que
este foi o trecho (Cunha até o asfalto km 58,5), com as melhores paisagens. Do
ponto de vista da pedalada, as subidas (escaladas) também foram as melhores da
viagem e as descidas (dowhills) só perdem para as dos trechos entre S.Cruz de
Minas e Cruzilia.
Este trecho
"novo" pela terra acaba no km 58,5, perto de um ponto de ônibus na
estrada asfaltada no qual já paramos muitas vezes, uns 8km da cachoeira
"véu da noiva", e 11km antes da divisa de S.Paulo e R.Janeiro. Depois
de um rápido pit-stop no ponto de ônibus voltamos a pedalar sob um bom
solzinho, sem muito calor. Ótima pedalada com muito pouco movimento de carros.
No topo da serra fizemos uma nova
rápida parada para vestir um casaco para enfrentar o frio da descida.
O trecho inicial da
descida da serra já está com o pavimento em bloquetes de cimento concluído.
Felizmente só os primeiros 3 ou 4km estão prontos, pois a pavimentação tira 90%
do prazer desta descida, quando comparado com o estado "virgem" da estrada, que
descemos em abril de 2013. Na minha opinião é uma lástima estarem
"pasteurizando" esta estrada. Além de perdermos um caminho
maravilhoso para pedalar, o movimento que será gerado irá promover a degradação
ambiental da região, aumentar ainda mais o já superlotado litoral da baia de
Angra.... é o maldito progresso = crescimento insustentável. Não menos grave
foi a perda da barraca do Sr.Gerber, no meio da descida, onde, no passado,
saboreamos a "melhor banana do mundo".
Como disse,
felizmente, a obra ainda não terminou e restam uns bons kilometros com o piso
"como o diabo gosta": MARAVILHOSO!... ainda mais pedalando com o
Foguete Cinza, do Enrico, digo, agora já do João Amorosino. Tenho que
reconhecer que para este tipo de downhill uma full-suspension é claramente
superior a minha hardtail (não revelem esta confissão ao Enrico ;)...
Juntos pedalamos os
ultimos kilometros até o marco 216, na praça do Chafariz em Parati.
Concluída a missão,
fomos almoçar e decidimos não pernoitar em Parati mas subir direto para
S.Paulo.
Já na estrada, em
Caraguatatuba, paramos para abastecer e tomar um café. O Macedo foi calibrar os
pneus do Trovão Azul, e o motor não deu partida quando queria voltar para a
estrada.... depois de algumas tentativas descobrimos que o frentista havia
completado o tanque, de 70l, com diesel !!!
Resumindo: quase 3h
para tirar todo combustível do tanque, consultar a internet e um mecânico, e
conseguir dar a partida no motor com gasolina. KiBeleza!
Mas no final, as 2
da madrugada do domingo o Macedo nos deixou em casa, sãos e salvos!
Resumo do dia com o link para o trecho no Strava:
59,9km / 1292m de "elevation gain" / 3:36h pedalando
Acumulado final:
723,2km / 11.755m de "elevation gain" / 49:38h pelalando
59,9km / 1292m de "elevation gain" / 3:36h pedalando
Acumulado final:
723,2km / 11.755m de "elevation gain" / 49:38h pelalando
Sem dúvida nenhuma,
posso dizer que a viagem valeu todo esforço de planejamento e os treinos que
fizemos nos últimos 6 meses. A competência do Capt.Kirk Logistica foi
fundamental com também foi o suporte do nosso anjo da guarda, o Grande Macedão!
Agradeço muito aos
dois e também a nossas famílias que nos concederam o necessário
"alvará" pelos 12 dias!
25/04/2014
Décimo Dia - Guaratinguetá a Cunha
Nesta sexta (25/4) acordamos com o ceu fechado e a
temperatura mais baixa do que tivemos até aqui na viagem desde Ouro Preto.
Ficou a duvida sobre vestir roupas mais quentes ou mais leves. Quando voltamos
para o quarto, após tomarmos o café, o ceu já estava abrindo e optamos pelas
roupas leves.
Este trecho é bem conhecido por nos pois todos já o
percorremos quando pedalamos de Campos do Jordão para Parati.
Saimos do hotel em Guaratingetá as 9:10 e logo de saida
erramos o caminho para o trevo que pega a estrada para Cunha. Assim que
percebemos, após aprox. 1km voltamos e partimos para a subida da serra de Cunha
que sai de 636m e acaba em 1105m, numa distância de 5,13km.
O tempo foi esquentando e, no meio da subida, o calor chegou
a incomodar, mas no final aparecerem uma nuvens para refrescar a pedalada.
No topo da serra encontramos o Macedão e aproveitamos para
um pit-stop de reposição de agua e para consumir um gel e umas nozes.
Já no planalto de Cunha a pedalada fica bem mais leve com
alternacia de subidas e descidas com a estrada bem vazia nesta sexta.
A cerca de 10km de Cunha, pela estrada asfaltada, a Estrada
Real sai para 12,8km de ruas de terra. O Enrico, poupando a perna avariada, foi
pelo asfalto e o Lalo e eu fomos conhecer a rota alternativa.
Valeu a pena. O caminho é muito bonito, passando por vários
sitios, um belo riacho, com margens limpas. Enfrentamos duas subidas longas e fortes,
a primeira de terra com um piso duro mas muito irregular e a segunda, mais
inclinada, mas asfaltada.
![]() |
| Lalo conhecendo um trecho tipico da Estrada Real... ... deveria ter nos feito companhia desde Ouro Preto! |
Na chegada tem-se uma bela vista da cidade de Cunha, que
deste ângulo é mais interessante do que o que se ve quando chegamos pelo
asfalto.
Chegamos, por volta das 13:45, na pousada e encontramos o Capt.Kirk Logistica já acomodando
todas as bagagens no quarto. Viajar com o Enrico é uma mordomia só !
Resumo do dia:
55,3km / 1145m de"elevation gain" / 3:30h pedalando
Acumulado até o décimo dia:
663,3km / 10.463m de "elevation gain" / 46:02h pelalando
55,3km / 1145m de"elevation gain" / 3:30h pedalando
Acumulado até o décimo dia:
663,3km / 10.463m de "elevation gain" / 46:02h pelalando
Programa para amanhã, ultimo dia, a “vitoriosa” Parati, pelo
caminho da Estrada Real. 55,6km com 1527m de subidas acumuladas
24/04/2014
Nono Dia - Passa Quatro até Guaratinguetá
Saímos de Passa Quatro as 8:10, com tempo fechado, garoa e temperatura em torno de 17 graus.
O primeiro trecho até a Villa do Embaú, no vale do Paraíba, tem uma bela subida de 300 metros, com alternativa de terra e asfalto que fazem o percurso quase em paralelo. Fizemos o primeiro pedaço pela terra e depois fomos para o asfalto. No ultimo pedaço da subida eu fui pela terra e o Enrico ficou no asfalto para não arriscar a recuperação da perna, com eventuais "empurra-bike". Foi certo pois os últimos dois km antes de voltar para o asfalto são no limite do pedalável. Nos reencontramos no posto e lá soubemos que a trilha da descida para o vale do Paraíba está com vários trechos tomados pelo mato. Como o Macedo ainda estava conosco decidimos descer pelo asfalto tendo o Trovão Azul como escolta. A descida foi tranquila e quando chegamos na base da serra da Mantiqueira o Macedo foi para S.Paulo para buscar o Lalo e fazer uma manutenção na embreagem. O Lalo vai nos acompanhar nos dois últimos dias, até Parati.
Seguimos por estradas vicinais passando pela Vila do Embaú e Lorena até Guaratinguetá pegando um forte vento contra e uma bela chuva.
Na minha opinião este caminho, no vale do Paraíba, é o que tem a paisagem menos interessante de todo que percorremos até aqui.Chegamos ao hotel por volta das 14:30 e encontramos nossa bagagem lá deixada pelo Macedo no caminho para S.Paulo.
Resumo do dia:
71,2km / 750m de "elevation gain" / 4:33h pedalando
Acumulado até o nono dia:
608km / 9318m de "elevation gain" / 42:32h pelalando
Amanhã subimos, com o Lalo, a serra para Cunha. 46,4km com 1543m de subidas acumuladas.
O primeiro trecho até a Villa do Embaú, no vale do Paraíba, tem uma bela subida de 300 metros, com alternativa de terra e asfalto que fazem o percurso quase em paralelo. Fizemos o primeiro pedaço pela terra e depois fomos para o asfalto. No ultimo pedaço da subida eu fui pela terra e o Enrico ficou no asfalto para não arriscar a recuperação da perna, com eventuais "empurra-bike". Foi certo pois os últimos dois km antes de voltar para o asfalto são no limite do pedalável. Nos reencontramos no posto e lá soubemos que a trilha da descida para o vale do Paraíba está com vários trechos tomados pelo mato. Como o Macedo ainda estava conosco decidimos descer pelo asfalto tendo o Trovão Azul como escolta. A descida foi tranquila e quando chegamos na base da serra da Mantiqueira o Macedo foi para S.Paulo para buscar o Lalo e fazer uma manutenção na embreagem. O Lalo vai nos acompanhar nos dois últimos dias, até Parati.
![]() |
| Marco 1234 - Base da Serra da Mantiqueira |
Na minha opinião este caminho, no vale do Paraíba, é o que tem a paisagem menos interessante de todo que percorremos até aqui.Chegamos ao hotel por volta das 14:30 e encontramos nossa bagagem lá deixada pelo Macedo no caminho para S.Paulo.
Resumo do dia:
71,2km / 750m de "elevation gain" / 4:33h pedalando
Acumulado até o nono dia:
608km / 9318m de "elevation gain" / 42:32h pelalando
Amanhã subimos, com o Lalo, a serra para Cunha. 46,4km com 1543m de subidas acumuladas.
23/04/2014
Oitavo Dia - S.Lourenço a Passa Quatro
Depois de um belissimo café da manhã na pousada do simpático Sr.Reinaido em S.Lourenço, partimos para Pouso Alto por volta das 9:10.
A perna do Enrico sossegou e ele decidiu enfrentar este primeiro trecho com a idéia de pegar carona no Trovão Azul caso tivesse que empurrar a bike.
O caminho foi muito semelhante aos que vimos ontem, com estradas de terra estreitas, percorrendo uma região com pequenas chácaras e sitios. Quase chegando em Pouso Alto enfrentamos uma forte subida que o Capt.Kirk superou toda no pedal!
Como o trecho entre Pouso Alto e Itamonte é bastante acidentado, o Enrico optou por poupar a perna e assumir o papel de navegador embarcado no Trovão Azul.
Foi um trecho de 24,5km, muito forte, com subidas exigentes e downhills muito bons (tecnicos e desafiantes).
Em Itamonte tivemos que trocar a camera do pneu traseiro da Princesa Verde, que esvaziou durante o transporte no suporte! Ainda não descobrimos como furou.
O trecho de Itamonte para Itanhandu, de 10km é dividido entre uma subida de 5km e uma descida de outros 5km, ambas prartes muito boas de pedalar.
Em Itanhandu fizemos um rápido abastecimento de água e seguimos para Passa Quatro por volta das 14:30
Este ultimo trecho de 12km é mais plano do que todos que percorremos até aqui e tambem tem no cenário as giga-granjas e o que descrevo com favelas rurais. Explico: Em todos trechos desde O.Preto, vimos cidades e vilarejos com habitações muito humildes mas relativamente pouca miseria aparente. De forma crescente, notei, vilas e casebres muito precárias concentradas nas redondezas das giga granjas. Alguma relação?
No todo hoje a pedalada foi muito boa e o melhor foi ver que o Enrico está podendo pedalar forte mesmo com a perna avariada !
Em Passa Quatro tivemos duas gratas supresas. Uma é a excelente Pousada São Rafael e a outra a indicação de um ótimo restaurante italiano que fica no porão de uma antiga casa muito bem preservada, onde tivemos o melhor jantar da viagem, até aqui.
Amanhã temos um bom percurso pela frente, sem o suporte do Macedão, que irã deixar nossa bagagem em Guaratingetá e depois fazer uma manutenção na embreagem do Tovão Azul e buscar o Lalo em São Paulo. O Lalo irá nos dar o prazer da sua companhia nos dois ultimos trechos, de Guaratinguetá para Cunha e de lá para Parati.
Resumo do dia:
65,1km / 855m de "elevation gain" / 4:11h pedalando
Acumulado até o oitavo dia:
536,8km / 8568m de "elevation gain" / 37:58h pelalando
![]() |
O caminho foi muito semelhante aos que vimos ontem, com estradas de terra estreitas, percorrendo uma região com pequenas chácaras e sitios. Quase chegando em Pouso Alto enfrentamos uma forte subida que o Capt.Kirk superou toda no pedal!
Como o trecho entre Pouso Alto e Itamonte é bastante acidentado, o Enrico optou por poupar a perna e assumir o papel de navegador embarcado no Trovão Azul.
![]() |
| Pausa para o Capt.Kirk entre Pouso Alto e Itamonte |
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| O fotógrafo Enrico na arte de capturar meus melhores angulos.... |
Em Itamonte tivemos que trocar a camera do pneu traseiro da Princesa Verde, que esvaziou durante o transporte no suporte! Ainda não descobrimos como furou.
O trecho de Itamonte para Itanhandu, de 10km é dividido entre uma subida de 5km e uma descida de outros 5km, ambas prartes muito boas de pedalar.
![]() |
| Topo da Serra entre Itamonte e Itanhandu |
Em Itanhandu fizemos um rápido abastecimento de água e seguimos para Passa Quatro por volta das 14:30
Este ultimo trecho de 12km é mais plano do que todos que percorremos até aqui e tambem tem no cenário as giga-granjas e o que descrevo com favelas rurais. Explico: Em todos trechos desde O.Preto, vimos cidades e vilarejos com habitações muito humildes mas relativamente pouca miseria aparente. De forma crescente, notei, vilas e casebres muito precárias concentradas nas redondezas das giga granjas. Alguma relação?
No todo hoje a pedalada foi muito boa e o melhor foi ver que o Enrico está podendo pedalar forte mesmo com a perna avariada !
Em Passa Quatro tivemos duas gratas supresas. Uma é a excelente Pousada São Rafael e a outra a indicação de um ótimo restaurante italiano que fica no porão de uma antiga casa muito bem preservada, onde tivemos o melhor jantar da viagem, até aqui.
Amanhã temos um bom percurso pela frente, sem o suporte do Macedão, que irã deixar nossa bagagem em Guaratingetá e depois fazer uma manutenção na embreagem do Tovão Azul e buscar o Lalo em São Paulo. O Lalo irá nos dar o prazer da sua companhia nos dois ultimos trechos, de Guaratinguetá para Cunha e de lá para Parati.
Resumo do dia:
65,1km / 855m de "elevation gain" / 4:11h pedalando
Acumulado até o oitavo dia:
536,8km / 8568m de "elevation gain" / 37:58h pelalando
22/04/2014
Sétimo Dia - Cruzilia até S.Lourenço
Hoje (22/4) deveria ser um dia manso, com só 53,4km, quase uma pausa depois dos últimos dias com média de 80km/dia.
Deveria....
Saímos as 8:10 do Hotel Real em Cruzilia e achamos a saída para a Estrada Real sem problemas. A previsão era de chuvas ao longo do dia, e já estava bem nublado. Mas o dia estava bonito e o caminho de hoje mostrou sua caracteristica logo de saída. Vales mais estreitos com muitas chácaras e pousadas.
Com meia hora de pedal, no meio de um eucaliptal, começou uma tremenda zoeira de maritacas. Quando sai do eucaliptal, para um campo mais aberto fui acompanhado por cerca de 2km por um bando enorme de maritacas que faziam razantes em minha volta. Em alguns momentos o céu ficou verde de tanta asa junta. Incrivel!
Quando este bando já começava a se dispersar notei que meu selim estava desalinhado. Parei e vi que o tubo de alumínio do quadro estava rompido. O material deve ter fadigado com meus 94k e quase 1600km "martelados" ao longo os últimos 12meses. Felizmente temos o Foguete Cinza do Enrico como Backup e meu quadro tem garantia vitalicia.
Fizemos a troca rapidamente e seguimos pedalando.
No meio deste caminho passamos por um pedaço com aproximadamente 3km ao longo dos quais a estrada foi escavada no terreno com paredes de até 5m e as arvores em cima fecham tudo formando um túnel. Muito diferente.
A saída de Caxambu para S.Lourenço deu um pouco de trabalho mas também deu certo e o caminho seguiu com a mesma caracteristicas, vales estreitos, trechos planos, subidas curtas e muitas chácaras.
A cerca de 6km de S.Lourenço o roteiro sai do caminho "normal" e sobe por uma pirambeira impedalável. O Macedo teve trabalho para passar com o Trovão Azul e nos engatamos mais uma operação empurra-bike, com muita irregularidade e pedra solta.
No meio desta subida o Enrico teve um estiramento da perna esquerda e teve que subir no Trovão, muito a contragosto.
Achar a pousada foi bem complicado pois tanto o Waze quanto o GoogleMaps nos levaram a becos sem saída, até confiarmos na nossa intuição e ir em direção do centro.
O Enrico enfaixou a perna e tomou um anti-infamatório. Vamos ver como ele acorda para decidir o que faremos amanhã (23/4)
Resumo do dia:
52,4km / 687m de "elevation gain" / 3:31h pedalando
Acumulado até o sétimo dia:
471,7km / 7713m de "elevation gain" / 33:48h pelalando
Deveria....
Saímos as 8:10 do Hotel Real em Cruzilia e achamos a saída para a Estrada Real sem problemas. A previsão era de chuvas ao longo do dia, e já estava bem nublado. Mas o dia estava bonito e o caminho de hoje mostrou sua caracteristica logo de saída. Vales mais estreitos com muitas chácaras e pousadas.
Com meia hora de pedal, no meio de um eucaliptal, começou uma tremenda zoeira de maritacas. Quando sai do eucaliptal, para um campo mais aberto fui acompanhado por cerca de 2km por um bando enorme de maritacas que faziam razantes em minha volta. Em alguns momentos o céu ficou verde de tanta asa junta. Incrivel!
Quando este bando já começava a se dispersar notei que meu selim estava desalinhado. Parei e vi que o tubo de alumínio do quadro estava rompido. O material deve ter fadigado com meus 94k e quase 1600km "martelados" ao longo os últimos 12meses. Felizmente temos o Foguete Cinza do Enrico como Backup e meu quadro tem garantia vitalicia.
Fizemos a troca rapidamente e seguimos pedalando.
No meio deste caminho passamos por um pedaço com aproximadamente 3km ao longo dos quais a estrada foi escavada no terreno com paredes de até 5m e as arvores em cima fecham tudo formando um túnel. Muito diferente.
A saída de Caxambu para S.Lourenço deu um pouco de trabalho mas também deu certo e o caminho seguiu com a mesma caracteristicas, vales estreitos, trechos planos, subidas curtas e muitas chácaras.
A cerca de 6km de S.Lourenço o roteiro sai do caminho "normal" e sobe por uma pirambeira impedalável. O Macedo teve trabalho para passar com o Trovão Azul e nos engatamos mais uma operação empurra-bike, com muita irregularidade e pedra solta.
No meio desta subida o Enrico teve um estiramento da perna esquerda e teve que subir no Trovão, muito a contragosto.
Achar a pousada foi bem complicado pois tanto o Waze quanto o GoogleMaps nos levaram a becos sem saída, até confiarmos na nossa intuição e ir em direção do centro.
O Enrico enfaixou a perna e tomou um anti-infamatório. Vamos ver como ele acorda para decidir o que faremos amanhã (23/4)
Resumo do dia:
52,4km / 687m de "elevation gain" / 3:31h pedalando
Acumulado até o sétimo dia:
471,7km / 7713m de "elevation gain" / 33:48h pelalando
21/04/2014
Sexto Dia - Carrancas a Cruzilia
Acordamos cedo e aceleramos a organização das bikes e do Trovão Azul para sairmos cedo, 7:30.
Com a pressa, preocupado com a kilometragem que tínhamos pela frente, confiei na indicação da D.Maria, de que só tem uma estrada para Cruzilia e cortei a volta para a Igreja Matriz, a partir de onde as instruções da planilha iniciam. Resultado da pressa: pedalamos 2,5km até descobrir que existem dois caminhos !...com isto, ida e volta e encontro com o Macedo que tinha que abastecer, perdemos praticamente uma hora. (O Enrico deve achar que minhas mancadas de navegação são sacanagem...)
O trecho de Carrancas até a Faz.Traituba tem 29,6km e o da Faz.Traituba até Cruzilia mais 37,5km. A paisagem é muito bonita e a condição da estrada é muito boa.
A maior diferença em relação aos dias anteriores foram os longos trechos planos e a ausência de subidas muito longas. Contudo isto não torna percurso fácil, pois o sobe e desce é intenso, como prova a altimetria acumulada de 1278m.
Como ainda não pude organizar as fotos, por enquanto vejam estas tiradas na fazenda Traituba, que nos áureos tempos foi uma das mais famosas fazendas do estado de Minas.
Programa para amanhã (22/4) : Cruzilia - Caxambu - S.Lourenço / 53,4km - 1156 de subidas acumuladas.
Com a pressa, preocupado com a kilometragem que tínhamos pela frente, confiei na indicação da D.Maria, de que só tem uma estrada para Cruzilia e cortei a volta para a Igreja Matriz, a partir de onde as instruções da planilha iniciam. Resultado da pressa: pedalamos 2,5km até descobrir que existem dois caminhos !...com isto, ida e volta e encontro com o Macedo que tinha que abastecer, perdemos praticamente uma hora. (O Enrico deve achar que minhas mancadas de navegação são sacanagem...)
O trecho de Carrancas até a Faz.Traituba tem 29,6km e o da Faz.Traituba até Cruzilia mais 37,5km. A paisagem é muito bonita e a condição da estrada é muito boa.
A maior diferença em relação aos dias anteriores foram os longos trechos planos e a ausência de subidas muito longas. Contudo isto não torna percurso fácil, pois o sobe e desce é intenso, como prova a altimetria acumulada de 1278m.
Como ainda não pude organizar as fotos, por enquanto vejam estas tiradas na fazenda Traituba, que nos áureos tempos foi uma das mais famosas fazendas do estado de Minas.
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| A "autêntica" Casa Grande na Faz.Traituba. |
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| Vista da Serra Traituba |
Resumo do dia:
76,9km / 1278m de "elevation gain" / 5:12h pedalando
Acumulado até o sexto dia:
419,3km / 7026m de "elevation gain" / 30:17h pelalando
76,9km / 1278m de "elevation gain" / 5:12h pedalando
Acumulado até o sexto dia:
419,3km / 7026m de "elevation gain" / 30:17h pelalando
Programa para amanhã (22/4) : Cruzilia - Caxambu - S.Lourenço / 53,4km - 1156 de subidas acumuladas.
Quinto Dia - S.Cruz de Minas a Carrancas
Ontem (20/4) não foi possível postar o resumo do dia em função da instabilidade da internet na casa da D.Maria, que nos hospedou em Carrancas.
Nosso quinto dia de pedal, saindo de S.Cruz de Minas, as 7:30 começou com a decisão de não arriscar a trilha de "dificuldade média" indicada pela planilha da Estrada Real. Se nas trilhas de baixa dificuldade já enfrentamos uma série de roubadas homéricas, não estávamos dispostos a mais uma...
Com esta decisão a opção foi seguir para S.Sebastião da Vitoria pelo asfalto, passando por S.João del Rei. Este trecho tem 30km, e me convenceu mais uma vez de quanto é melhor pedalar fora do asfalto. A velocidade média e certamente menor mas o prazer é muito maior. Sem stress e sem monotonia. A única coisa curiosa que ocorreu neste trecho foi a "captura" de uma vespa por um dos furos de ventilação do capacete. Isto aconteceu no meio de uma descida, a mais ou menos 45km/h. Até eu conseguir frear e arrancar o capacete a vespa fez o seu papel... fiquei com o local da ferroada ardendo por umas 2h.
De resto chegamos bem a S.Sebastião da Vitória por volta das 10h.
Depois de um Pit stop, saímos para Caquende as 10:20.
De volta ao piso de terra, por uma bonita paisagem de pasto, plantações de feijão e matas nativas e de reflorestamento, este trecho teve o desafio de inúmeros "mata ciclistas" que é a versão polivalente de mata burros (vide foto abaixo).
É um absurdo manterem estes "dispositivos" numa rota turística oficialmente indicada para ciclistas. Um deles, que me deu um baita susto, fica escondido por alguns arbustos no meio de uma curva num downhill forte. Por sorte eu tinha freado um pouco antes e ainda deu para parar antes de me arrebentar nele.
Um ponto a elogiar é a precisão e a confiabilidade dos marcos, ou totens, da Estrada Real. Das centenas de marcos que já passamos muito poucos estão posicionados de forma errada. Estes poucos são destacados pela planilhas que levamos impressas para orientar nossa navegação.
Chegamos a Caquende, que é um pequeno amontoado de casas na margem da represa de Camargos, por volta das 12:30. Neste horário, a balsa que liga Caquende a Capela do Saco, do outro lado, não funciona pois o único barqueiro tem que almoçar. Alem do sol forte, tivemos que aguentar o "sonzão" que um grupo, que fazia churrasco na "praia", fez questão de compartilhar com a região toda. É uma tristeza ver no que a musica brasileira se transformou...bate-estaca-funk-porno...
Esperamos a super balsa até as 13:30.
A geringonça é uma obra prima da engenharia, provavelmente design de algum MacGyver mineiro. No lugar de um motor com hélice, a nau foi equipada com um trator sem pneus que tem "rodas" montadas com grandes remos. Quando em movimento o equipamento espalha agua para todo lado. Vejam as fotos.
Depois de um sovetinho, saímos de Capela do Saco as 14:00h. A paisagem e a topografia é semelhante a do trecho anterior, também com muitos "mata ciclistas", até a chegada à Serra de Carrancas. Até lá foi uma belíssima peladada, inicialmente com sol muito forte e depois com a bem vinda sombra de nuvens.
Para não deixar o dia acabar sem uma aventura, a subida da serra de Carrancas, com um gradiente de cerca de 300 metros, foi um desafio para os tiozinhos pedalantes e também para o grande Macedão. Sem nenhum alerta nas planilhas, esta subida não é somente "inpedalável" na sua maior parte, como também está no limite do que dá prá fazer com um 4x4. Vide as fotos.
A recompensa foi um dos downhills mais geniais que já fiz. Descida longa, bom piso, boa visibilidade com um magnifico por de sol como cenário. Inesquescível !
Assim, entre muito "emprurra bike" e paradas para orientar a escalada do Macedo com o Trovão Azul, levamos mais tempo do que o previsto e chegamos a Carrancas as 17:40h, já no breu.
Felizmente não foi difícil encontrar a casa da D.Maria, onde pousamos, e rapidamente tomamos banho para ir jantar e saciar a imensa fome do grupo.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
83,1km / 1373m de "elevation gain" / 5:53h pedalando
Acumulado até o quinto dia:
342,2km / 5748m de "elevation gain" / 25:05h pelalando
Nosso quinto dia de pedal, saindo de S.Cruz de Minas, as 7:30 começou com a decisão de não arriscar a trilha de "dificuldade média" indicada pela planilha da Estrada Real. Se nas trilhas de baixa dificuldade já enfrentamos uma série de roubadas homéricas, não estávamos dispostos a mais uma...
Com esta decisão a opção foi seguir para S.Sebastião da Vitoria pelo asfalto, passando por S.João del Rei. Este trecho tem 30km, e me convenceu mais uma vez de quanto é melhor pedalar fora do asfalto. A velocidade média e certamente menor mas o prazer é muito maior. Sem stress e sem monotonia. A única coisa curiosa que ocorreu neste trecho foi a "captura" de uma vespa por um dos furos de ventilação do capacete. Isto aconteceu no meio de uma descida, a mais ou menos 45km/h. Até eu conseguir frear e arrancar o capacete a vespa fez o seu papel... fiquei com o local da ferroada ardendo por umas 2h.
De resto chegamos bem a S.Sebastião da Vitória por volta das 10h.
Depois de um Pit stop, saímos para Caquende as 10:20.
De volta ao piso de terra, por uma bonita paisagem de pasto, plantações de feijão e matas nativas e de reflorestamento, este trecho teve o desafio de inúmeros "mata ciclistas" que é a versão polivalente de mata burros (vide foto abaixo).
É um absurdo manterem estes "dispositivos" numa rota turística oficialmente indicada para ciclistas. Um deles, que me deu um baita susto, fica escondido por alguns arbustos no meio de uma curva num downhill forte. Por sorte eu tinha freado um pouco antes e ainda deu para parar antes de me arrebentar nele.
Um ponto a elogiar é a precisão e a confiabilidade dos marcos, ou totens, da Estrada Real. Das centenas de marcos que já passamos muito poucos estão posicionados de forma errada. Estes poucos são destacados pela planilhas que levamos impressas para orientar nossa navegação.
Chegamos a Caquende, que é um pequeno amontoado de casas na margem da represa de Camargos, por volta das 12:30. Neste horário, a balsa que liga Caquende a Capela do Saco, do outro lado, não funciona pois o único barqueiro tem que almoçar. Alem do sol forte, tivemos que aguentar o "sonzão" que um grupo, que fazia churrasco na "praia", fez questão de compartilhar com a região toda. É uma tristeza ver no que a musica brasileira se transformou...bate-estaca-funk-porno...
Esperamos a super balsa até as 13:30.
A geringonça é uma obra prima da engenharia, provavelmente design de algum MacGyver mineiro. No lugar de um motor com hélice, a nau foi equipada com um trator sem pneus que tem "rodas" montadas com grandes remos. Quando em movimento o equipamento espalha agua para todo lado. Vejam as fotos.
Depois de um sovetinho, saímos de Capela do Saco as 14:00h. A paisagem e a topografia é semelhante a do trecho anterior, também com muitos "mata ciclistas", até a chegada à Serra de Carrancas. Até lá foi uma belíssima peladada, inicialmente com sol muito forte e depois com a bem vinda sombra de nuvens.
Para não deixar o dia acabar sem uma aventura, a subida da serra de Carrancas, com um gradiente de cerca de 300 metros, foi um desafio para os tiozinhos pedalantes e também para o grande Macedão. Sem nenhum alerta nas planilhas, esta subida não é somente "inpedalável" na sua maior parte, como também está no limite do que dá prá fazer com um 4x4. Vide as fotos.
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| Vista da Serra de Carrancas |
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| Macedão escalando com o Trovão Azul |
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| Enrico detonando a Serra de Carrancas ! |
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| Marco no alto da Serra de Carrancas |
Assim, entre muito "emprurra bike" e paradas para orientar a escalada do Macedo com o Trovão Azul, levamos mais tempo do que o previsto e chegamos a Carrancas as 17:40h, já no breu.
Felizmente não foi difícil encontrar a casa da D.Maria, onde pousamos, e rapidamente tomamos banho para ir jantar e saciar a imensa fome do grupo.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
83,1km / 1373m de "elevation gain" / 5:53h pedalando
Acumulado até o quinto dia:
342,2km / 5748m de "elevation gain" / 25:05h pelalando
19/04/2014
Quarto Dia - Casa Grande até S.Cruz de Minas
Hoje foi um dia massacrante.
Nós dois nos alternamos na dúvida se resistiríamos até S.Cruz.
Sabendo que tínhamos muito chão pela frente saímos cedo da casa da D.Madalena em Casa Grande.
Antes das 7:30 já estávamos pedalando em direção a Lagoa Dourada a 30km. Tudo perfeito. Tempo aberto, ar da manhã delicioso, estrada inter municipal bem conservada, sem trechos "não pedaláveis".
A paisagem alterna pastos e plantações de feijão e milho. A pesar de mais um vacilo do incompetente navegador, chegamos a Lagoa Dourada pouco antes das 9:30, atacamos "o melhor (e primeiro) Açai que o Enrico já provou" e tocamos para Prados a 22km.
Como já deveríamos ter aprendido, quando as planilhas oficiais da Estrada Real falam "trilha fácil", vem bucha!
Logo no km 2,0, saindo da MG383, começa a trilha num caminho estreito por um reflorestamento e depois despenca por um caminho de vaca, com boa parte "inpedalável"... trilha "fácil"...Esta parte termina num brejo com duas travessias de riacho. Ambos atolamos na segunda. Bye bye cambio limpo funcionando....
Para não ficar monótono seguimos por uma série de subidas com muita pedra solta, tornando a pedalada muito cansativa, também pelo calor que fazia. Em seguida o caminho segue por mais uma "trilha fácil". Um misto de pista de treino de motocross com caminho de vaca "impedalável". Para completar o nosso programa de indio: chuva ! ... pôe casaco impermeável, tudo cheio de lama.... uma beleza...
Pouco antes de chegarmos a Prados a chuva deu um refresco e pudemos superar mais algumas subidas bem respeitáveis.
Chegamos na Igreja Matriz de Prados por volta das 14:30. A Matriz, fica toda espremida entre casas, ao contrário da maioria das igrejas mineiras que ocupam um espaço exclusivo. Fizemos um novo pit-stop com direito a toca de roupas secas e reposição de água.... hoje nem sei quantos litros consumi..... foi mais do que os 6l de ontem...
O terceiro trecho do dia, de Prados para Tiradentes começou bem, com uma topografia civilizada e bom piso, até chegarmos a um lugarejo chamado Bichinho, que na verdade é uma rua de cerca de 3km toda tomada por lojas de artesanato. Problema: calçamento colonial; um inferno para pedalar, ainda mais com um baita congestionamento carros e turistas confusos. Depois do final da "rua", com somente 5km para chegarmos a Tiradentes, veio uma bela subida de uns 3km toda com o maldito "calçamento colonial". A vibração foi tanta que tive que reapertar os raios da roda traseira três vezes neste pedaço (hoje tem dose dupla de Bepantol Baby :P ).
Finalmente em Tiradentes, as 17:15h. com a cidade totalmente tumultuada com turistas por todos cantos, eu só queria tocar logo para S.Cruz de Minas, a pouco mais de 5km, mas o Capitão Logistica tinha outros planos.... comer pipoca !!! pode ???
Cumprida a necessidade do Enrico tocamos para nosso pouso de hoje, usando as "lanternas do Lalo", pois já estávamos prá lá do chamado "lusco-fusco".
Felizmente este trecho não tem praticamente nenhuma subida séria e o piso é de paralelepipedos, um tapete perto do calçamento colonial.
Chegamos à pousada já no breu e junto com um belo pé d´água que dificultou o desembarque da nossa bagagem do Trovão Azul e por tabela nosso merecido banho.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
79,5km / 1180m de "elevation gain" / 5:53h pedalando
Acumulado até o quarto dia:
259,3km / 4375m de "elevation gain" / 19:12h pelalando
Nós dois nos alternamos na dúvida se resistiríamos até S.Cruz.
Sabendo que tínhamos muito chão pela frente saímos cedo da casa da D.Madalena em Casa Grande.
Antes das 7:30 já estávamos pedalando em direção a Lagoa Dourada a 30km. Tudo perfeito. Tempo aberto, ar da manhã delicioso, estrada inter municipal bem conservada, sem trechos "não pedaláveis".
A paisagem alterna pastos e plantações de feijão e milho. A pesar de mais um vacilo do incompetente navegador, chegamos a Lagoa Dourada pouco antes das 9:30, atacamos "o melhor (e primeiro) Açai que o Enrico já provou" e tocamos para Prados a 22km.
Como já deveríamos ter aprendido, quando as planilhas oficiais da Estrada Real falam "trilha fácil", vem bucha!
Logo no km 2,0, saindo da MG383, começa a trilha num caminho estreito por um reflorestamento e depois despenca por um caminho de vaca, com boa parte "inpedalável"... trilha "fácil"...Esta parte termina num brejo com duas travessias de riacho. Ambos atolamos na segunda. Bye bye cambio limpo funcionando....
Para não ficar monótono seguimos por uma série de subidas com muita pedra solta, tornando a pedalada muito cansativa, também pelo calor que fazia. Em seguida o caminho segue por mais uma "trilha fácil". Um misto de pista de treino de motocross com caminho de vaca "impedalável". Para completar o nosso programa de indio: chuva ! ... pôe casaco impermeável, tudo cheio de lama.... uma beleza...
Pouco antes de chegarmos a Prados a chuva deu um refresco e pudemos superar mais algumas subidas bem respeitáveis.
Chegamos na Igreja Matriz de Prados por volta das 14:30. A Matriz, fica toda espremida entre casas, ao contrário da maioria das igrejas mineiras que ocupam um espaço exclusivo. Fizemos um novo pit-stop com direito a toca de roupas secas e reposição de água.... hoje nem sei quantos litros consumi..... foi mais do que os 6l de ontem...
O terceiro trecho do dia, de Prados para Tiradentes começou bem, com uma topografia civilizada e bom piso, até chegarmos a um lugarejo chamado Bichinho, que na verdade é uma rua de cerca de 3km toda tomada por lojas de artesanato. Problema: calçamento colonial; um inferno para pedalar, ainda mais com um baita congestionamento carros e turistas confusos. Depois do final da "rua", com somente 5km para chegarmos a Tiradentes, veio uma bela subida de uns 3km toda com o maldito "calçamento colonial". A vibração foi tanta que tive que reapertar os raios da roda traseira três vezes neste pedaço (hoje tem dose dupla de Bepantol Baby :P ).
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| Vista da chegada a Tiradentes |
Cumprida a necessidade do Enrico tocamos para nosso pouso de hoje, usando as "lanternas do Lalo", pois já estávamos prá lá do chamado "lusco-fusco".
Felizmente este trecho não tem praticamente nenhuma subida séria e o piso é de paralelepipedos, um tapete perto do calçamento colonial.
Chegamos à pousada já no breu e junto com um belo pé d´água que dificultou o desembarque da nossa bagagem do Trovão Azul e por tabela nosso merecido banho.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
79,5km / 1180m de "elevation gain" / 5:53h pedalando
Acumulado até o quarto dia:
259,3km / 4375m de "elevation gain" / 19:12h pelalando
Programa para o domingão:
S.João del Rei - S.Sebastião da Vitória - Capela do Saco - Carrancas / 77,3km - 1784m de subidas acumuladas
S.João del Rei - S.Sebastião da Vitória - Capela do Saco - Carrancas / 77,3km - 1784m de subidas acumuladas
18/04/2014
Terceiro Dia - S.Bras do Suaçuí a Casa Grande
Depois de mais uma noite muito bem dormida e de um belo cafe da manhã, com muitos ingredientes produzidos na própria propriedade da Pousada do Lara partimos para nosso terceiro dia as 8:30h.
A pousada é show e a hospitalidade do Sr.Renato é fora de série.
O roteiro da Estrada Real sai de S.B do Suaçuí pelo asfalto por 1,5km e segue por uma rua de terra da mineradora MRS, que está sendo alargada, aparentemente para seguir os moldes da Marginal Tietê.
Nesta operação de terraplanagem o primeiro marco que deveriamos observar para pegar à direita ficou a uns 8m acima da pista, perdido no meio do mato. O incompetente do navegador não viu e seguimos por cerca de 1km até cair a ficha de que perdemos a entrada. Voltamos e, pela distància marcada na planilha acabamos achando o maldito marco "celeste".
Já no caminho "certo" começamos a achar que iriamos cair em mais uma "trilha fácil" (roubada)... um caminho estreito, que mal dava para o Macedo passar com o Trovão Azul, e um riacho sem ponte e com muita lama. Foi necessária habilidade do Enrico com 4x4 engatado e a secreta técnica do "vai que dá negão" para a Toyota passar. O Macedo revelou dotes circenses carregando a Bike do Enrico por um tronco fino que servia como unica opção para passar sem meter o pé na lama.
Para deixar o Enrico super animado, enfrentamos uma subidona de aprox.1km no limite do pedalável, com muita pedra solta.
Felizmente o terreno mudou e pedalamos o resto do trecho até Entre Rios por estradas de fazenda, estreitas mas boas de pedalar, com muito sobe-desce no meio de pastos e vários encontros com vacas e bois. Aqui o esquema é criar o gado solto, não só no pasto, mas tambem nas estradas.
O Tigrão Capitão Kirk continuou fazendo cenas para enganar a torcida, fingindo-se de cansado...
Aos incrédulos que fizeram apostas sobre o dia em que a corda iria ser roida pelos ratos, recomendo mudarem a aposta para o dia 27 (domingo)....
Para variar, quando chegamos perto de Entre Rios, encontramos mais uma prova da civilidade de algum imbecil, justo ao lado de um dos marcos da Estrada Real !
A chegada em Entre Rios de Minas é uma subida "braba" de 1km em paralelepedos. O trecho acaba em frente ao hospital da cidade, um prédio antigo e bem conservado. Hora da chegada 10:45h.
Como hoje é feriado, demoramos para encontrar um local aberto para tomar uma água geleda e fazer um pit stop antes de retomar o caminho para Casa Grande. Pergunta aqui, pergunta ali e achamos.
Por volta das 11:15, refeitos, fomos até a inevitável "Matriz", km0 do segundo trecho do dia, de 32km.
A saida da cidade foi pelo asfalto da MG383 até o marco 790, a cerca de 4km da Matriz.
Este trecho tambem feito por estradas de fazenda, com muito pasto e mata nativa.
Hoje o sol estava de rachar e como o caminho é menos sombreado do que os dos dois primeiros dias as subidas ficaram ainda mais pesadas.
Na altura do marco 807, após pedalarmos cerca de 14,5km, o incompetente do navegador não viu o marco 808, a 20m, e seguimos por mais 1km até darmos conta de que estávamos errados. Detalhe: a volta era de uma subida bem encardida com muita pedra solta.
Voltei sozinho para tentar encontrar o caminho e logo que cheguei no marco 807 vi o 808. Cego!
Tentei gritar para chamar o Enrico e o Macedo, mas apesar de ouvir meu eco vindo do outro lado do vale eles não escutaram. Depois de um tempo, quando eu já estava voltando a pé o Enrico apareceu com o Trovão Azul para ver o que passou. Resumo: perdemos cerca de 30 minutos na minha bobeada... o Enrico precisa ser mais criterioso na escolha do seu navegador. :)
Retomamos o sobe e desce continuou, com o maçarico ardendo forte. Fizemos mais um pit stop, na sombra de uma maravilhosa árvore com vários saguis.
Depois do Pit Stop os restantes 20km alternaram boas subidas com geniais descidas, com piso muito bom para "soltar" os freios. Muito bom!
Pouco antes das 16:00 chegamos a Casa Grande, uma pequena vila, sem alternativas de hospedagem oficial e rodamos um pouco até encontrar a "pousada" (casa) da D.Madalena que nos alojou e dois de seus quartos.
Almo-jantamos uma gostosa bacalhoada, especialmente preparada para nós, com a organização da D.Nicia !
O sinal da Vivo na cidade é padrão vagalume, mas a D.Madalena tem internet e wi-fi... imagina se fosse uma pousada oficial!
Como chegamos cedo, fiz uma limpeza e lubrificação dos cambios e das correntes, que já estávam bem encardidas depois de 180km.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
57,3km / 997m de "elevation gain" / 4:07h pedalando
Acumulado até o terceiro dia:
179,8km / 3195m de "elevation gain" / 13:19h pelalando
Programa para o sabadão:
Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Tiradentes, S.Cruz de Minas / 79,2km com 1503m de subidas acumuladas
A pousada é show e a hospitalidade do Sr.Renato é fora de série.
O roteiro da Estrada Real sai de S.B do Suaçuí pelo asfalto por 1,5km e segue por uma rua de terra da mineradora MRS, que está sendo alargada, aparentemente para seguir os moldes da Marginal Tietê.
Nesta operação de terraplanagem o primeiro marco que deveriamos observar para pegar à direita ficou a uns 8m acima da pista, perdido no meio do mato. O incompetente do navegador não viu e seguimos por cerca de 1km até cair a ficha de que perdemos a entrada. Voltamos e, pela distància marcada na planilha acabamos achando o maldito marco "celeste".
Já no caminho "certo" começamos a achar que iriamos cair em mais uma "trilha fácil" (roubada)... um caminho estreito, que mal dava para o Macedo passar com o Trovão Azul, e um riacho sem ponte e com muita lama. Foi necessária habilidade do Enrico com 4x4 engatado e a secreta técnica do "vai que dá negão" para a Toyota passar. O Macedo revelou dotes circenses carregando a Bike do Enrico por um tronco fino que servia como unica opção para passar sem meter o pé na lama.
Para deixar o Enrico super animado, enfrentamos uma subidona de aprox.1km no limite do pedalável, com muita pedra solta.
Felizmente o terreno mudou e pedalamos o resto do trecho até Entre Rios por estradas de fazenda, estreitas mas boas de pedalar, com muito sobe-desce no meio de pastos e vários encontros com vacas e bois. Aqui o esquema é criar o gado solto, não só no pasto, mas tambem nas estradas.
O Tigrão Capitão Kirk continuou fazendo cenas para enganar a torcida, fingindo-se de cansado...
Aos incrédulos que fizeram apostas sobre o dia em que a corda iria ser roida pelos ratos, recomendo mudarem a aposta para o dia 27 (domingo)....
Para variar, quando chegamos perto de Entre Rios, encontramos mais uma prova da civilidade de algum imbecil, justo ao lado de um dos marcos da Estrada Real !
A chegada em Entre Rios de Minas é uma subida "braba" de 1km em paralelepedos. O trecho acaba em frente ao hospital da cidade, um prédio antigo e bem conservado. Hora da chegada 10:45h.
Como hoje é feriado, demoramos para encontrar um local aberto para tomar uma água geleda e fazer um pit stop antes de retomar o caminho para Casa Grande. Pergunta aqui, pergunta ali e achamos.
Por volta das 11:15, refeitos, fomos até a inevitável "Matriz", km0 do segundo trecho do dia, de 32km.
A saida da cidade foi pelo asfalto da MG383 até o marco 790, a cerca de 4km da Matriz.
Este trecho tambem feito por estradas de fazenda, com muito pasto e mata nativa.
Hoje o sol estava de rachar e como o caminho é menos sombreado do que os dos dois primeiros dias as subidas ficaram ainda mais pesadas.
Na altura do marco 807, após pedalarmos cerca de 14,5km, o incompetente do navegador não viu o marco 808, a 20m, e seguimos por mais 1km até darmos conta de que estávamos errados. Detalhe: a volta era de uma subida bem encardida com muita pedra solta.
Voltei sozinho para tentar encontrar o caminho e logo que cheguei no marco 807 vi o 808. Cego!
Tentei gritar para chamar o Enrico e o Macedo, mas apesar de ouvir meu eco vindo do outro lado do vale eles não escutaram. Depois de um tempo, quando eu já estava voltando a pé o Enrico apareceu com o Trovão Azul para ver o que passou. Resumo: perdemos cerca de 30 minutos na minha bobeada... o Enrico precisa ser mais criterioso na escolha do seu navegador. :)
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| A Prova dos Vacilos... |
Depois do Pit Stop os restantes 20km alternaram boas subidas com geniais descidas, com piso muito bom para "soltar" os freios. Muito bom!
Pouco antes das 16:00 chegamos a Casa Grande, uma pequena vila, sem alternativas de hospedagem oficial e rodamos um pouco até encontrar a "pousada" (casa) da D.Madalena que nos alojou e dois de seus quartos.
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| Casa da D.Madalena, nosso pouso de hoje |
O sinal da Vivo na cidade é padrão vagalume, mas a D.Madalena tem internet e wi-fi... imagina se fosse uma pousada oficial!
Como chegamos cedo, fiz uma limpeza e lubrificação dos cambios e das correntes, que já estávam bem encardidas depois de 180km.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
57,3km / 997m de "elevation gain" / 4:07h pedalando
Acumulado até o terceiro dia:
179,8km / 3195m de "elevation gain" / 13:19h pelalando
Programa para o sabadão:
Casa Grande, Lagoa Dourada, Prados, Tiradentes, S.Cruz de Minas / 79,2km com 1503m de subidas acumuladas
17/04/2014
Segundo Dia - S.Antonio do Leite até S.Brás do Suaçuí
Acordamos com um belissimo dia amanhecendo, prometendo ótimas condições para o pedal do dia.
A programação: De S.Antonio do Leite até Pequeri, passando por Lobo Leite e Congonhas / 59,5km com 1069 de subidas acumuladas.
Saimos as 8:30 e, nos 37km até Lobo Leite, curtimos uma estrada de terra maravilhosa, com ótimo piso, belas paisagens praticamente só com mata nativa. Em resumo: pedal e visual nota 10.
Lobo Leite já na BR040 é um buraco e seguimos os marcos da Estada Real que vai pelos "fundos" da vila começando com uma subida de aprox.2km "impedalável" pela combinação de inclinação e piso de cascalho solto. O resto do caminho até Congonhas segue por pequenas estradas de terra e com uma paisagem com menos mata do que o trecho anterior mas também muito bonita.
Chegamos ao final do trecho, na rodoviária de Congonhas por volta das 13:00.
Para reforçar o gênero de "fraquinho" o Enrico divulgou a foto abaixo. Na verdade hoje ele não me deixou descansar. Eu pedalei forte com a esperança de poder descansar esperando por ele mas eles teimava em aparecer assim que eu descia da bike !!!
Depois do pit stop na rodoviária pedalamos uns 4km até a Basilica de Congonhas a partir de onde a planilha do roteiro de Congonhas a Pequeri iniciava.
A igreja e as esculturas do Aleijadinho estão bem conservadas e renderam belas fotos. Infelizmente o resto da cidade destoa. Alias é triste o estado de algumas das vilas e cidades pelas quais passamos, principalmente as periferias, com muita sujeira e entulho espalhados e construções decadentes.
O terceiro trecho do dia, de Congonhas a Pequeri, de 13,5km, foi mais um bonito trecho, com belissimas paisagens e boa alternância de topografia e bom piso, salvo pedaços com o "cascalho do prefeito" horrivel de pedalar para subir e para descer.
Chegamos a Pequeri antes das 15:00h e encontramos o Macedo preocupado por não encontrar a Pousada Casa Velha, onde tinhamos a nossa reserva para o pouso do dia.
A vila é minuscula e os poucos moradores que encontramos no logradouro central afirmaram que não existe nenhuma pousada lá !?!
Avaliamos as nossas opções, e como ainda era cedo, decidimos pedalar mais 9km até S.Bras do Suaçuí, que seria nossa primeira meta de amanhã.
Na correria não notamos que neste trecho o roteiro oficial da Estrada Real faz uma "bela" volta para chegar praticamente na BR383, ao lado da saida da cidade. O Enrico já havia chamado a atenção para este fato, durante nossa fase de planejamento da viagem. Tinhamos decidido cortar esta volta do nosso roteiro, mas bobeamos e tocamos em frente seguindo a planilha oficial.
A saida da cidade é até que bem interessante, entrando em uma fazenda, passando por várias porteiras e entrando num lindo caminho "single track" pelo meio da mata. Até ai tudo maravilha..... o problema começou quando o roteiro segue por uma "trilha fácil". Duvido que alguem já tenha pedalado nesta trilha.
Para combinar com a trilha fácil neste trecho "bonus" do dia, com os dois tiozinhos quebradinhos, eu me perdi, pela primeira vez, perdendo um ou dois marcos e me embananando com a direção. Tivemos que consultar os mapas impressos pelo Enrico para sair da enrrascada e chegar na BR383, e reencontrar os marcos para chegar à Matriz de S.Bras do Suaçuí.
Chegamos, por volta das 16:45 e encontramos o Paladino Macedo, já com as opções de pouso pesquisadas. Rapidamente seguimos mais 1km até a Pousada Lara, onde conseguimos as unicas vagas disponiveis, pois eles já estavam lotados para os feriados.
Que achado! O proprietário, Sr.Renato, é uma simpatia e extremamente hospitaleiro.
Depois do merecido banho jantamos dois deliciosos caldinhos, o Enrico ficou com o de feijão e eu o de mandioca, seguido de lasanha de frango.
Como eu estava com uma p sede, mesmo tendo drenado 4l do camel-back e mais 2l das caramanholhas, o Renato ofereceu uma água com suco de limão galego, colhido na propriedade.... perdi a conta de quantos refils eu tomei... maravilhoso.... preciso encontrar este limão em S.Paulo.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
75,2km / 1182m de "elevation gain" / 5:17h pedalando
Acumulado até o segundo dia:
122,5km / 2198m de "elevation gain" / 9:12h pelalando
Agora vou roncar um pouco para não ficar atrás do Enrico que já começou. Amanhã, mesmo tendo 9km a menos, temos uma bela altimetria pela frente:
Progama reajustado para sexta 18/4:
S.Bras do Suaçuí a Casa Grande passando por Entre Rios de Minas - 50,5km com 1158 de subidas acumuladas
PS: o link "Comentários" serve para que sejam feitos comentários !!! :)
A programação: De S.Antonio do Leite até Pequeri, passando por Lobo Leite e Congonhas / 59,5km com 1069 de subidas acumuladas.
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| Trecho nota 10 de Leite a Leite |
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| Chegando em Lobo Leite |
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| Ô lugarzinho feio sô.... |
Para reforçar o gênero de "fraquinho" o Enrico divulgou a foto abaixo. Na verdade hoje ele não me deixou descansar. Eu pedalei forte com a esperança de poder descansar esperando por ele mas eles teimava em aparecer assim que eu descia da bike !!!
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| O tigrão enganando a torcida |
A igreja e as esculturas do Aleijadinho estão bem conservadas e renderam belas fotos. Infelizmente o resto da cidade destoa. Alias é triste o estado de algumas das vilas e cidades pelas quais passamos, principalmente as periferias, com muita sujeira e entulho espalhados e construções decadentes.
O terceiro trecho do dia, de Congonhas a Pequeri, de 13,5km, foi mais um bonito trecho, com belissimas paisagens e boa alternância de topografia e bom piso, salvo pedaços com o "cascalho do prefeito" horrivel de pedalar para subir e para descer.
Chegamos a Pequeri antes das 15:00h e encontramos o Macedo preocupado por não encontrar a Pousada Casa Velha, onde tinhamos a nossa reserva para o pouso do dia.
A vila é minuscula e os poucos moradores que encontramos no logradouro central afirmaram que não existe nenhuma pousada lá !?!
Avaliamos as nossas opções, e como ainda era cedo, decidimos pedalar mais 9km até S.Bras do Suaçuí, que seria nossa primeira meta de amanhã.
Na correria não notamos que neste trecho o roteiro oficial da Estrada Real faz uma "bela" volta para chegar praticamente na BR383, ao lado da saida da cidade. O Enrico já havia chamado a atenção para este fato, durante nossa fase de planejamento da viagem. Tinhamos decidido cortar esta volta do nosso roteiro, mas bobeamos e tocamos em frente seguindo a planilha oficial.
A saida da cidade é até que bem interessante, entrando em uma fazenda, passando por várias porteiras e entrando num lindo caminho "single track" pelo meio da mata. Até ai tudo maravilha..... o problema começou quando o roteiro segue por uma "trilha fácil". Duvido que alguem já tenha pedalado nesta trilha.
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| Esta é a "trilha facil", segundo as planilhas oficiais da Estrada Real |
Chegamos, por volta das 16:45 e encontramos o Paladino Macedo, já com as opções de pouso pesquisadas. Rapidamente seguimos mais 1km até a Pousada Lara, onde conseguimos as unicas vagas disponiveis, pois eles já estavam lotados para os feriados.
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| ... mais um fake do Capt.Kirk... |
Depois do merecido banho jantamos dois deliciosos caldinhos, o Enrico ficou com o de feijão e eu o de mandioca, seguido de lasanha de frango.
Como eu estava com uma p sede, mesmo tendo drenado 4l do camel-back e mais 2l das caramanholhas, o Renato ofereceu uma água com suco de limão galego, colhido na propriedade.... perdi a conta de quantos refils eu tomei... maravilhoso.... preciso encontrar este limão em S.Paulo.
Resumo do dia com link para o trecho no Strava:
75,2km / 1182m de "elevation gain" / 5:17h pedalando
Acumulado até o segundo dia:
122,5km / 2198m de "elevation gain" / 9:12h pelalando
Agora vou roncar um pouco para não ficar atrás do Enrico que já começou. Amanhã, mesmo tendo 9km a menos, temos uma bela altimetria pela frente:
Progama reajustado para sexta 18/4:
S.Bras do Suaçuí a Casa Grande passando por Entre Rios de Minas - 50,5km com 1158 de subidas acumuladas
PS: o link "Comentários" serve para que sejam feitos comentários !!! :)
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